quarta-feira, 31 de outubro de 2012

The Jesus and Mary Chain - Darklands (1987)

Acho boa ideia falar de alguns álbuns que tenho por casa.



Darklands é o segundo álbum desta banda de rock alternativo/noise pop oriunda da Escócia. Lançado a 18 de Outubro de '87, alcançou o número 5 em termos de vendas no mercado britânico, ainda nesse mesmo ano. As faixas de bateria são inteiramente sampladas a partir de uma caixa de ritmos, já que o baterista anterior havia saído para liderar uma banda chamada Primal Scream.


Faixa a faixa:

Lado 1
1. Darklands (5:29)
1987? Só mesmo pela sonoridade, porque a composição lembra claramente a década seguinte. Gosto especialmente.
2. Deep One Perfect Morning (2:43)
Tenho alguma pena que esta música não seja maior...
3. Happy When It Rains (3:36)
Interessante a comparação entre chuva e felicidade miserável.
4. Down On Me (2:36)
Eh. Nada de especial.
5. Nine Million Rainy Days (4:29)
Demasiado melancólica para mim.

Lado 2
1. April Skies (4:00)
Alcançou a posição 8 no top de singles britânico, o máximo para a banda nesse chart.
2. Fall (2:28)
Lembra shoegazing, um outro género musical algo relacionado com o noise pop.
3. Cherry Came Too (3:06)
Beach Boys? Não. The Jesus and Mary Chain.
4. On the Wall (5:05)
A distorção algo exagerada na guitarra baixo saltou-me ao ouvido.
5. About You (2:33)
Chuva, outra vez? Está bem.


Opinião final:
Nunca pensei que o meu pai tivesse um álbum destes escoceses. As primeiras faixas prendem-me um tanto no que considero um álbum mediano, apesar de influente.


O álbum pode ser escutado ali em baixo:

domingo, 21 de outubro de 2012

Folk rock

O folk rock, tal como o nome sugere, é uma mistura de rock com música folclórica (e não, não tem a ver com ranchos), com alguns toques de pop. Nasceu em meados da década de 60 e manteve a sua popularidade até início dos anos 70, apesar de ainda ser um género de música com vários seguidores nos tempos que correm. O termo folk rock foi primeiramente usado para descrever o género músical do álbum Mr. Tambourine Man (1965) de uma banda chamada The Byrds, que misturava a sonoridade dos Beatles (rock) com as canções de Bob Dylan (folk). Musicalmente, as vozes eram harmoniosas e a instrumentação maioritariamente acústica, sendo que os casos onde esta era eléctrica usavam muito poucos efeitos ou distorção.


Bob Dylan - Mr. Tambourine Man (1965)



The Byrds - Mr. Tambourine Man (Bob Dylan) (1965)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Que traz o Miguel no MP3?

Por vezes, fazem-me tal pergunta.


Como voltei a usar o meu MP3 "velho", não consegui ter mais que 6 álbuns para ouvir quando quero e entendo. E são eles:


Sick of It All - Scratch the Surface (1994) e Built To Last (1997)

Dois álbuns de uma banda da cena hardcore punk de Nova York. Pena os mais recentes irem muito para os lados do metal.



Slayer - Undisputed Attitude (1996)

Os Slayer são conhecidos como um grupo de, essencialmente, thrash metal. Daí talvez que este álbum de covers de hardcore punk seja o único que ouça.




Fastball - All the Pain Money Can Buy (1998)

Powerpop no seu melhor. Três meses depois do seu lançamento, chega a Platina (um milhão de cópias vendidas).



Gin Blossoms - Outside Looking In (1999)

Já a banda se havia desfeito (1997, até ao seu regresso em 2002) quando este best-of saiu para o mercado. Reune os, até então, mais marcantes sons deste grupo de notória variedade musical.



Pennywise - From the Ashes (2003)

Punk rock político. Dos álbuns mais recentes deste quarteto, este é o que mais me agrada. Talvez por ser algo semelhante aos álbuns dos anos 90.


À espera da sua vez estão:

The Ataris - Blue Skies, Broken Hearts... Next 12 Exits (1999)

Pop punk. Os álbuns dos Ataris, do ponto de vista lírico, estão imensamente bem conseguidos. Há males que vêm mesmo por mal, mas que trazem um ou dois bens.



Comeback Kid - Wake the Dead (2005)

A estreia dos CBK na Victory Records, quanto a mim, não podia ser melhor. Bom hardcore melódico, no que viria a ser o último álbum com o vocalista original.




This time was gonna be different.

domingo, 7 de outubro de 2012

Garage rock

O Garage rock distingue-se por ser um tanto ou quanto "amador" quando comparado ao rock mais convencional. A origem do nome está no facto dos músicos do género ensaiarem em garagens. É considerado por muitos um percursor do Punk rock, atingindo o seu expoente máximo da década de 60, tendo posteriormente um revival na primeira década de 2000. Em termos de letras, estas focavam assuntos como a vida de estudante e, claro está, as raparigas e eram cantadas de uma forma bem agressiva.



The Stooges - I Wanna Be Your Dog (1969)





Jet - Are You Gonna Be My Girl (2003) - Um exemplo de Garage rock revival.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

The Beach Boys - Pet Sounds (1966)

Pet Sounds foi lançado a 16 de Maio de 1966 e tornar-se-ia um dos álbuns mais consagrados de sempre. A capa do álbum foi fotografada a 15 de Fevereiro do mesmo ano, no Jardim Zoológico de San Diego, California.



Boa parte das canções do álbum foram compostas por Brian Wilson, líder dos "Boys", e Tony Asher, este último um escritor de letras exterior à banda, entre Dezembro de 1965 e Janeiro de 1966. As faixas foram gravadas utilizando um gravador de 8 pistas, permitindo assim um elevado nível de complexidade sonora para a época, com grande ênfase na harmonia vocal. Wilson, produtor do álbum, tinha o hábito de fazer experiências com as várias faixas e efeitos à sua disposição, sendo também isso significativo em certas partes deste disco. Apesar de toda a complexidade, as pistas de cada tema foram exportadas para uma só pista (monofonia), sendo apenas anos mais tarde, já na era digital (1997), misturadas para duas (estereofonia).

O álbum é louvado por nomes como Bob Dylan, Elton John ou Paul McCartey, afirmando este último ter comprado um exemplar para cada um dos seus filhos, e é também uma constante em tops dos melhores trabalhos discográficos de sempre.


Faixa a faixa:

Lado A

1. Wouldn't It Be Nice
A primeira música do álbum é uma animada descarga sobre desejos.

2. You Still Believe In Me
Mais calma que a anterior, esta fala sobre a infância do sujeito poético.

3. That's Not Me
Sabem quando paramos para pensar sobre o nosso estado fisico-psicológico? É disso que esta faixa trata.

4. Don't Talk (Put Your Head On My Shoulder)
Esta, contém somente a voz de Wilson. A secção das cordas salta ao ouvido.

5. I'm Waiting For the Day
Dinâmica, mudando entre um rock mexido e uma balada.

6. Let's Go Away For a While
Inteiramente instrumental e uma brilhante composição.

7. Sloop John B
Adaptação de uma faixa de 1917 chamada The John B. Sails e fala sobre um barco que naufragou por volta de 1900.


Lado B

1. God Only Knows
A faixa de abertura do lado B do vinil foi uma das primeiras canções mainstream a usarem a palavra God (Deus) no seu título.

2. I Know There's an Answer
A segunda "acid trip" de Wilson deu nesta faixa.

3. Here Today
Segundo esta canção, o amor pode estar "aqui" hoje mas não amanhã.

4. I Just Wasn't Made For These Times
Crescer pode ser complicado.

5. Pet Sounds
De mesmo nome que o álbum, este instrumental era suposto ter sido o tema de um dos filmes de James Bond.

6. Caroline, No
Carol Mountain, colega de turma e paixão não correspondida de Wilson, é o assunto da faixa final.


Opinião final:
É um álbum que, apesar de já ter idade para ser meu pai, demonstra a complexidade e harmonia que um simples 8-tracker pode alcançar. As duas primeiras faixas são as minhas favoritas, sendo a composição da segunda bastante louvável na minha óptica pessoal.


O álbum pode ser ouvido na íntegra no link que se segue: http://www.youtube.com/watch?v=jGTdmLhKEBk

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Surf rock

Um dos mais distintos subgéneros do rock é o surf. O surf rock, tal como o nome sugere, está fortemente ligado ao surf e a toda a sua cultura. Oriundo do sul da California e sob influência da música oriental e mexicana, este género começou por ser inteiramente instrumental, passando pouco depois a incluir vocais, bem como os inconfundíveis harmónicos tão característicos deste género.

Apesar de ser uma principais influências de géneros posteriores, como o punk rock, este só obteve popularidade durante a década de 60, fazendo com que o surf rock seja hoje um estilo de música algo "retro".


Surfaris - Wipe Out (1963) - Possivelmente, o mais popular instrumental de surf rock. Está na base de várias outras canções, quer do mesmo tipo quer de outros.



The Beach Boys - I Get Around (1964) - Como por aqui se pode constatar, nem sempre o surf em si era o assunto lírico.



No próximo post, farei uma review de um álbum dos The Beach Boys, chamado Pet Sounds (1966). Trata-se do álbum mais importante do surf rock, assim como um dos marcos da história da música.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Rock

Começando por um género imensamente lato, indo mais tarde aos seus inúmeros subgéneros e que mais.


O rock, originalmente chamado de rock and roll, teve a sua origem nos anos 50, nos Estados Unidos da América. Tem como influências vários géneros a ele anteriores, como jazz, blues ou country. São três os principais instrumentos da música rock: são eles a guitarra, o baixo e a bateria, se bem que é completamente normal encontrar vários outros instrumentos, variando consante cada caso. Em termos estruturais, as composições costumam ser feitas em 4/4, ou seja, em compassos quaternários. Quanto a conteúdo lírico, as letras das canções costumam focar temas como relações amorosas, ideias políticas, drogas e temas semelhantes, fazendo, por vezes, uso de metáforas.

Em termos históricos, o rock desempenhou um papel bastante importante, já que era uma óptima forma de expressão livre. Os anos 60 foram os considerados "anos de ouro" do rock, tanto pelo conhecidíssimo Woodstock '69 como pelo boom deste género musical. Todos nós sabemos que quando algo é novidade, torna-se mais fácil mover multidões em prol de tal, daí a "loucura" pelos Beatles, por exemplo.


Elvis Presley - Jailhouse Rock (1957) - Sem Elvis Presley, a história do rock poderia ter sido outra.